Os primeiros 20 minutos de São Paulo x Palmeiras, na quarta-feira, no Morumbi, deram a impressão de que os donos da casa sofreriam no jogo de ida das quartas da Copa do Brasil.
Os visitantes tinham domínio amplo, o São Paulo parecia perdido em campo. Mas os sinais mudaram num gol perdido.
Calleri, que com dores nas costas foi escalado no sacrifício – uma escolha bastante questionável da comissão técnica tricolor – recebeu lindo lançamento de Arboleda, matou no peito dentro da área, acertou um chapéu em Weverton, mas bateu para fora.
Dali, um time confiante e empurrado por 54 mil pessoas tomou conta da partida, superou problemas e conseguiu a vitória por 1 a 0, uma vantagem mínima, mas não desprezível, quando se tem do outro lado o Palmeiras.
Na volta, no dia 13, no Allianz Parque, o São Paulo joga pelo empate para avançar às semifinais. Se perder por um gol de diferença, a decisão será nos pênaltis. O Palmeiras precisa vencer por dois gols, pelo menos, para passar direto.
Rafinha comemora golaço do São Paulo contra o Palmeiras — Foto: Rubens Chiri/saopaulofc.net
Rafinha comemora golaço do São Paulo contra o Palmeiras — Foto: Rubens Chiri/saopaulofc.net
Surpresa na escalação
A presença de Calleri entre os 11 titulares do São Paulo surpreendeu. Com dores nas costas desde o jogo contra o Tigre, há uma semana, o argentino passou os dias em tratamento, praticamente sem treinar.
Segundo o técnico Dorival Júnior, o atacante, na véspera da partida, relatou que não sentia mais dores e tinha confiança em jogar.
A escolha se mostrou questionável. Enquanto esteve em campo, Calleri esteve longe de incomodar a defesa palmeirense, exceção ao lance em que perdeu o gol após driblar Weverton.
Tomou, como previsto, pelo menos uma pancada no local da lesão. Com dores, precisou sair no intervalo. O treinador não deixou claro se o argentino pode ser um problema para o jogo de volta – esse, sim, uma decisão para a qual valeria ter o camisa nove mesmo que com restrições.
Junto com Calleri, saiu também Luciano, que sentiu dores na panturrilha e foi substituído para que o problema não se agravasse.
Pouco depois de a bola rolar no segundo tempo, foi a vez de Alan Franco sentir uma lesão no tornozelo – ele deixou o gramado em prantos.
Os problemas, acumulados, não derrubaram o desempenho do São Paulo, que já tinha terminado o primeiro tempo melhor do que o Palmeiras.
Com mais volume, os tricolores passaram a criar chances reais de gol. Numa delas, Luan salvou uma finalização de Wellington Rato praticamente em cima da linha.
O gol saiu nessa pressão. Rato recebeu na direita, viu Rafinha se aproximar da área e rolou para o lateral, que acertou um lindo chute no ângulo de Weverton – a bola desviou na cabeça de Luan antes.
O resultado repete o placar do ano passado, quando São Paulo e Palmeiras se enfrentaram nas oitavas de final da Copa do Brasil. Na volta, no Allianz, o Palmeiras venceu por 2 a 1, e os tricolores avançaram nos pênaltis.
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